Acordei com um veado mesmo ao lado da tenda a comer erva... Foi um acordar diferente, nao haja duvida!
Pela frente, mais uma vez, muitos kilometros e autocarros. Existe ja um a vontade com este tipo de transportes, que ate parece que estou a apanhar o metro em Lisboa, quase que ja nem sinto necessidade de perguntar para onde vai, e intuitivo, entro no autocarro e pronto, logo vejo onde para!
De Khorat, tive que fazer escala em Phitsanulok, para seguir depois para Sukhothai. Mas como cheguei a Phitsanulok as 01h00, a solucao foi dormir por la, mas onde? A ideia era gastar o minimo dinheiro possivel, pois queria so dormir e de manha seguir para Sukhothai. Apos alguma procura, arranjei um sitio muito barato e verdade, mas foi a maior espelunca onde ja estive em toda a minha vida... Alias, aquela cidade era toda ela do mais chunga que ha, cinzenta, tudo sujo, lixo espalhado no chao, ratos a brincar com os gatos (e o gato tinha um bocado de medo do rato!). So queria acordar e sair dali.
No entanto, no Lonely Planet estava indicado que e nesta cidade que se encontra a imagem mais bonita do Buddha, no templo Wat Phra Si Ratana Mahathat, pelo que, no dia seguinte de manha, fui la ver. Fica aqui a imagem, que nao transmite o impacto que senti quando a vi!
Ao chegar a Sukhothai, o mesmo filme de sempre. Uma serie de tuk-tuk alinhadinhos com os respectivos condutores, todos com um sorriso trafulha e a perguntarem ao mesmo tempo (aqui em versao Sukhothai): "Where you wanto to go??".
Da estacao dos autocarros teria que ir para a guest house em new Sukhothai e so depois para a parte velha da cidade, onde se encontra o Sukhothai Historical Park.
A solucao mais barata passa sempre pelos Sawngthaew, uma especie de autocarro que faz a ligacao entre dois pontos principais de uma determinada localidade, sendo possivel, as vezes, negociar o preco da viagem.
Ja com a minha experiencia de uma semana de viagem, percebi que que primeiro e necessario mostrar que se nao quer gastar muito dinheiro. Segundo, definir o preco antes da viagem. Entao, junto do condutor do autocarro, com os oculos escuros meio descaidos e a olhar pelo sobrolho, disse: "Hey man, twenty Baht e nao se fala mais nisse..." Negocio feito. No fim da viagem, os franceses que tambem iam no autocarro, pagaram, cada um, 30 Bath e o belo do tuga poupou 10 Bath (0.25E)!! Esta pequena vitoria encheu-me de orgulho...
Sukhothai situa-se a 440 quilómetros a Norte de Banguecoque, sendo encarada como a capital do primeiro reino independente tailandês. Fundada em 1238, a cidade foi o berço da civilização tailandesa e é considerada um dos locais históricos mais importantes do Sudeste Asiático.
Aqui, durante o século XIII, floresceu uma exuberante e criativa cultura baseada no budismo, na classe guerreira dominante e numa próspera economia local. Este foi o periodo de máximo esplendor de Sukhothai, no reinado do rei Ramkamhaeng, que inventou o alfabeto Thai, introduziu o comércio livre, elaborou as leis civis e promoveu a difusão do budismo. Desde este reinado, Sukhothai continuou a prosperar até meados do século XIV, quando a dinastia Ayutthaya tomou o poder, o que marcou o declínio da antiga capital.
Declarada pela UNESCO património mundial, a antiga Sukhothai é rica em ruínas de muitos templos de influência Khmer, hindú, birmanesa e Mon. No seu coração encontra-se Wat Mahathat, o maior mosterio que, embora sem tecto, demonstra o majestoso esplendor da arquitectura do período.
Seguem de seguida as fotografias dos templos visitados:
Wat Chana Songkhram
Wat Sa Si
Wat Tra Phang Ngoen
Wat Si Sawai
Wat Mahathat
Foi sem duvida o highlight da viagem, ate agora. Um sitio muito intenso e de uma beleza incrivel, penso que as fotos transmitem isso!