sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Chiang Mai

Cheguei no dia 16 de Novembro a Chiang Mai, ja de noite, apos 6 horas de viagem, pelo que foi so houve tempo para procurar um hostel e dar uma volta de reconhecimento pela cidade. No dia seguinte, de manha, com o mapa numa mao e a maquina fotografica na outra, aluguei uma bicicleta e fui visitar a cidade.

Chiang Mai é o centro cultural do Norte da Tailândia. Fundada em 1296, doze anos depois de Sukhothai, a primeira capital do reino, a cidade permaneceu intacta ao longo do tempo, mantendo a sua importante função espiritual sobre toda a região. Chiang Mai foi o lugar de nascimento das fascinantes tradições da cultura do Norte e da religião budista na Tailândia. A cidade velha, rodeada por um fosso e muralhas fortificadas, apresenta um animado labirinto de mercados, ruelas e templos antigos, mas a cidade moderna aprsenta as comodidades e os serviços tão eficientes como os de Banguecoque, mas a uma dimensão mais humana e reduzida.
Chiang Mai e uma cidade movimentada, muito direccionada para o turista e com uma dinamica engracada. Em cada esquina  ha um posto com ofertas de varias actividades, desde trekking, passeios de bicicleta, de elefante e de mota, rafting, escladada, cursos de cozinha, etc. A oferta e muita e ao principio, uma pessoa fica meio perdida sem saber o que fazer.

Mas aquele dia estava reservado para actividades “culturais”, pelo que fui visitar os templos existentes na cidade. A verdade e que apos o terceiro templo, ja todos me pareciam iguais e na verdade, apos ver a imagem do Buddha no templo de Phitsanulok, os restantes templos ja nao me chamavam tanto a atencao.


A actividade cultural foi oportunamente interrompida para escolher uma actividade mais radical, para o dia seguinte! A ideia era fazer um trekking, mas queria fugir um bocado aos pacotes turisticos que ofereciam, queria ir num grupo com 4/6 pessoas no maximo, algo mais de aventura e pessoal. Acabei por escolher um trekking de 3 dias, num percurso nao turistico, que incluia um passeio de elefante, rafting, passagem por uma catarata e dormida numa vila remota com a possibilidade de contactar as pessoas locais. Acabou por ser um trekking nao turistico para turistas, nao indo bem ao encontro daquilo que pretendia, mas foram 3 dias muito preenchidos!







 Tive a oportunidade de andar de elefante, foi uma experiencia interessante pois nunca tinha estado ao pe de um animal desses, quanto mais passear em cima de um!




Mas nunca sei bem o que pensar relativamente ao facto de de se estarem a usar animais para divertimento humano. Por um lado o animal tem cuidados especiais, e bem alimentado, etc. Mas por outro lado,  devia estar no seu territorio natural, no seu estado selvagem. Foi incrivel dar uma volta de elefante no meio da selva, mas tinha um bocado de sentimento de culpa por estar a alimentar um conceito com o qual nao concordo muito.

De resto, os dias foram passados a caminhar pela floresta e interagindo com o resto do grupo, eramos 12 no total. No fim do trekking, ainda fizemos rafting!


Descobri, entretanto, que o nome Nuno em Tailandes significa CobraCobra, porque a maneira de se pronunciar cobra em Tailandes e exactamente nu. Nunu significa, portanto, Snakesnake e ficou esse o meu nome de explorador da selva!

No regresso, fui com mais duas pessoas, que entretanto conheci no trekking, para um hostel, que foi o melhor ate onde estive ate hoje - SpicyThai Hostel. A vantagem deste hostel em relacao aos restantes prendia-se com o facto de o gerente organizar eventos com os backpackers do hostel, permitindo desse modo conhecer a cidade com uma pessoa de la e tambem interagir e conhecer mais facilmente o restante pessoal do hostel!
Assim na noite em que cheguei do trekking, fomos todos os hospedes do hostel juntos ver festival Loy Krathong. E uma comemoração realizada na noite de Lua Cheia do 12º mês do calendário lunar tradicional tailandês e consiste em  colocar uns discos (Krathong), feitos a partir de bananeira, decorados com flores, velas acesas, incenso e uma moeda, a flotoar na agua de um rio. A festa é inspirada no velho ritual hindu em louvor à Deusa da Água, Phra Mae Khongkha e desde então tem sido adotado por pessoas comuns, fazendo oferendas à deusa das Águas ou como uma expressão de agradecimento para o fornecimento de água que sustenta a vida.
E o acto principal nesta tradição brilhantemente preservada, também conhecida como o "festival das luzes", onde tambem sao libertados para o ar pequenos baloes de ar quente.



O highligh para mim do festival aconteceu quando estavam as pessoas todas juntas com os seus baloes de ar quente e estoirou no ar um foguete, dando o sinal para se soltarem os baloes. Penso que as fotografias que se seguem descrevem a beleza dos momentos que se seguiram, foi simplesmente espetacular!




A estadia em Chiang Mai estava a chegar ao fim. Faltava ver o Tiger Kigdom e queria tambem fazer o conhecido Samoeng loop. Mais uma vez, preferia pagar para ver os animais em liberdade, mas foi uma oportunidade para estar assim tao perto de um animal magnifico e magestoso. Tem algo de misterioso e uma beleza incrivel!




Depois, mais uma vez, juntou-se um grupo grande no hostel e alugamos umas scooters para fazer o Samoeng loop. O passeio superou as minhas expectativas, foi um dia muito divertido e percorremos imensos kilometros em estradas sinuosas, por entre montanhas simplesmente fabulosas, com uma paisagem linda de morrer. Vimos cataratas e o por do Sol, com um cor de laranja intenso, atras de uma fileira infidavel de montanhas, envoltas numa atmosfera inpiradoura.





Nessa noite ia apanhar o autocarro para Luang Prabang, Laos, mas confesso que custou-me deixar Chiang Mai, pois tive a sorte de passar la bons momentos!




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bring Up The Feeling

Esta viagem teve a partida como condicao ser solitaria. Muitas pessoas espero conhecer e com elas trocar experiencias. A verdade e que ate agora, devido aos sitios nao muito turisticos por onde tenho passado, tem sido um bocado solitaria, o que nao deixa de ser uma vantagem, pois conhecemo-nos melhor! E se estivermos bem connosco, estamos bem com o resto. Mas tenho tido um companheiro, versao MP3, de viagem: Freddy Locks! Um rastaman de Carcavelos, com um Reggae muito inspirador, que nos contagia com vibracoes positivas!
Acontece que ia num Sawngthaew, no meio do nada e a mais de 10000 km de Portugal, a ouvir Freddy Locks.


E impossivel ficar parado!! So me apetecia ligar o leitor de musica ao tuning sound system do autocarro e por-me ali a dancar com todos os chop-chois, ate o monge, ali ao lado, a por o lencol cor de laranja a abanar!!


Partilhar com os outros o prazer de viajar e a liberdade de sentir o ar de outras paragens!
Para quem nao conhece, fica aqui o registo da banda sonora desta viagem!


E se a musica e fina...... REBOBINA!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sukhothai

Acordei com um veado mesmo ao lado da tenda a comer erva... Foi um acordar diferente, nao haja duvida!
Pela frente, mais uma vez, muitos kilometros e autocarros. Existe ja um a vontade com este tipo de transportes, que ate parece que estou a apanhar o metro em Lisboa, quase que ja nem sinto necessidade de perguntar para onde vai, e intuitivo, entro no autocarro e pronto, logo vejo onde para!
De Khorat, tive que fazer escala em Phitsanulok, para seguir depois para Sukhothai. Mas como cheguei a Phitsanulok as 01h00, a solucao foi dormir por la, mas onde? A ideia era gastar o minimo dinheiro possivel, pois queria so dormir e de manha seguir para Sukhothai. Apos alguma procura, arranjei um sitio muito barato e verdade, mas foi a maior espelunca onde ja estive em toda a minha vida... Alias, aquela cidade era toda ela do mais chunga que ha, cinzenta, tudo sujo, lixo espalhado no chao, ratos a brincar com os gatos (e o gato tinha um bocado de medo do rato!). So queria acordar e sair dali.

No entanto, no Lonely Planet estava indicado que e nesta cidade que se encontra a imagem mais bonita do Buddha, no templo Wat Phra Si Ratana Mahathat, pelo que, no dia seguinte de manha, fui la ver. Fica aqui a imagem, que nao transmite o impacto que senti quando a vi!



Ao chegar a Sukhothai, o mesmo filme de sempre. Uma serie de tuk-tuk alinhadinhos com os respectivos condutores, todos com um sorriso trafulha e a perguntarem ao mesmo tempo (aqui em versao Sukhothai): "Where you wanto to go??".
Da estacao dos autocarros teria que ir para a guest house em new Sukhothai e so depois para a parte velha da cidade, onde se encontra o Sukhothai Historical Park.
A solucao mais barata passa sempre pelos Sawngthaew, uma especie de autocarro que faz a ligacao entre dois pontos principais de uma determinada localidade, sendo possivel, as vezes, negociar o preco da viagem.
Ja com a minha experiencia de uma semana de viagem, percebi que que primeiro e necessario mostrar que se nao quer gastar muito dinheiro. Segundo, definir o preco antes da viagem. Entao, junto do condutor do autocarro, com os oculos escuros meio descaidos e a olhar pelo sobrolho, disse: "Hey man, twenty Baht e nao se fala mais nisse..." Negocio feito. No fim da viagem, os franceses  que tambem iam no autocarro, pagaram, cada um, 30 Bath e o belo do tuga poupou 10 Bath (0.25E)!! Esta pequena vitoria encheu-me de orgulho...
  
Sukhothai situa-se a 440 quilómetros a Norte de Banguecoque, sendo encarada como a capital do primeiro reino independente tailandês. Fundada em 1238, a cidade foi o berço da civilização tailandesa e é considerada um dos locais históricos mais importantes do Sudeste Asiático.





Aqui, durante o século XIII, floresceu uma exuberante e criativa cultura baseada no budismo, na classe guerreira dominante e numa próspera economia local. Este foi o periodo de máximo esplendor de Sukhothai, no reinado do rei Ramkamhaeng, que inventou o alfabeto Thai, introduziu o comércio livre, elaborou as leis civis e promoveu a difusão do budismo. Desde este reinado, Sukhothai continuou a prosperar até meados do século XIV, quando a dinastia Ayutthaya tomou o poder, o que marcou o declínio da antiga capital.
Declarada pela UNESCO património mundial, a antiga Sukhothai é rica em ruínas de muitos templos de influência Khmer, hindú, birmanesa e Mon. No seu coração encontra-se Wat Mahathat, o maior mosterio que, embora sem tecto, demonstra o majestoso esplendor da arquitectura do período.

Seguem de seguida as fotografias dos templos visitados:



Wat Chana Songkhram



Wat Sa Si




Wat Tra Phang Ngoen





Wat Si Sawai




Wat Mahathat















Foi sem duvida o highlight da viagem, ate agora. Um sitio muito intenso e de uma beleza incrivel, penso que as fotos transmitem isso!